segunda-feira, 13 de junho de 2011

Gene misterioso intriga cientistas

Há seis anos, um pesquisador deparou com amostras de material genético estranhas, diferentes de tudo o que a ciência conhece em organismos celulares. Agora, ele decidiu publicar um trabalho compartilhando a descoberta na esperança de que alguém o ajude a encontrar a resposta. O professor Jonathan Eisen, da Universidade da Califórnia, usou material recolhido durante uma expedição do famoso geneticista Craig Venture, que retirou amostras do mar de 2003 a 2007. Utilizando uma técnica chamada metagenômica, foi possível reconstruir, no laboratório, a sequência genética recolhida. O material encontrado apresenta características suficientes para ser considerado “parente” dos seres vivos conhecidos. Porém, é diferente o suficiente para não se encaixar em nada já visto. “Todos os organismos têm milhares de genes diferentes”, explicou o professor Eisen. “No entanto, existem mais de 20 genes que todos compartilham – não importa o que seja. Esses genes codificam os componentes centrais da célula e são similares o bastante entre todos os organismos que possuem célula para a gente acreditar que todos vieram de um ancestral comum”, diz. É analisando as semelhanças e diferenças entre esses e outros genes que se constrói a árvore da vida – o esquema que divide todos os seres vivos em grupos. O maior de todos esses grupos é chamado de reino – ou domínio. Na escola, provavelmente, você aprendeu que havia um número maior deles, mas hoje o número aceito pelos cientistas é três: Eukarya, Archaea e Bactéria. No Eukarya estão todos os seres vivos que possuem células com carioteca (os eucariontes: animais, plantas, fungos, protistas...). Já os chamados organismos procariontes, todos microorganismos, são divididos em Archaea e Bacteria. Já os vírus não se enquadram em nenhuma classificação. Eles não possuem células e dependem da estrutura celular de outro organismo para se reproduzir. O problema é que as amostras analisadas por Eisen não correspondem a nenhum desses reinos, e nem parecem ser de vírus. “O que fizemos foi analisar os dados genômicos achados. Tentamos comparar com todas as versões desses genes que conhecemos, mas ele não se encaixava em lugar nenhum. Também não se parecem com nenhum vírus conhecido”, disse Eisen. O trabalho recém publicado por Eisen na plataforma aberta Public Library of Science admite duas possibilidades para esse achado: o material genético pertence a um organismo celular, o que significa que existe um 4º reino, desconhecido; ou ele pertence a um vírus estranho. Confira, a seguir, a entrevista com Eisen. De onde veio esse material genético? Veio de amostras coletadas no mar, entre 2003 e 2007. Essas amostras foram filtradas e o material do filtro teve DNA seqüenciado e extraído. E o problema é justamente esse. Não sabemos de qual organismo ele veio. Ajudei na análise do material, mas nunca conseguimos determinar o que ele é. É distante de tudo o que conhecemos no planeta. Por que é necessário recolher material dessa forma? Parece uma análise meio indireta... Pense assim: é fácil estudar um animal no ambiente natural dele. Você não precisa criar uma baleia azul no laboratório para aprender sobre seus hábitos. Mas, com micróbios, não funciona assim. Eles são muito pequenos e é difícil estudá-lo em seu ambiente. Além disso, só de olhar para eles não dá para dizer exatamente o que são. Voltando ao exemplo do mar: se você encontrar uma coisa nadando, muito provavelmente vai poder dizer se é um peixe, um mamífero, etc só de olhar para ela. Mas, com micróbios, o único jeito é analisá-los em laboratório. O que acontece é que, para a maioria dos ecossistemas, é impossível criar, no laboratório, a maioria dos microorganismos que estão lá. Sabemos disso há mais de 20 anos. Se você contar as coisas que vê, por meio de um microscópio, num determinado ambiente; e, depois, olhar no laboratório o que conseguiu fazer crescer, verá que a contagem é muito menor. E o que é essa técnica metagenômica? Ela surgiu há cerca de 10 anos. Ela consiste em ir a ambientes, como o mar, o solo, esgotos, e coletar amostras. Isolamos, então, o DNA dessas amostras e aplicarmos os mesmos métodos usados no projeto do genoma humano para reconstruir esse material Isso revolucionou a microbiologia, pois permitiu observar o material de criaturas que são muito difíceis de se criar em laboratório. Com ele, podemos tentar ler todos os genes dos micróbios de uma amostra ambiental. É muito similar ao que as pessoas fazem em outros campos, como arqueologia. Na maioria das vezes, não se tem uma boa amostra do organismo em si, mas pode-se achar um fragmento de osso, por exemplo. O que os pesquisadores fazem, então, é tenta descobrir qual é esse organismo comparando o osso com outros fosseis ou animais. É mais ou menos o que fazemos com o DNA. Temos milhares de fragmentos, de sequências, e comparamos com coisas que a gente conhece. Essa sequência de genes pode pertencer a um ser que evoluiu a partir de criaturas que conhecemos? É de um ser vivo que pode ter evoluído há muito tempo de um ancestral comum das bactérias, mas não evoluiu das bactérias. Sabemos, também, que não se trata de um alienígena. O mais provável é que os genes venham de um ancestral distante em comum. Então, ele pode ser de um vírus ou de algum organismo pertencente a um 4º reino? Sim. Infelizmente, muitos dos genes achados em organismos celulares são, ocasionalmente, achados em vírus. Antes de divulgar o trabalho, queríamos poder dizer o que era, mas isso não foi possível. Então, achamos melhor divulgar. Não é minha especialidade descobrir de onde vêm esses genes. Ciência, às vezes, é fazer tudo sozinho. Mas, na minha opinião, na maioria das vezes é melhor compartilhar informações. Fonte: exame.abril.com.br www.oficinadoestudante.com.br



sexta-feira, 6 de maio de 2011

Orientação Vocacional

Futuro. Quem pode imaginar o que se passará nele? Aos 17, 18 anos então, é que se imagina milhões de possibilidades de futuro pessoal. É aí que está uma das grandes dúvidas da grande maioria dos jovens (e talvez a questão mais difícil do vestibular): “Que curso fazer?”. Esta é uma escolha decisiva, que vai determinar o que você fará nos próximos anos de sua vida e mais, irá dizer qual a sua função no mundo.
Momento crítico, estresse de todos os lados, pressão absoluta. É muita coisa para alguém tão jovem. É por isso que o número de abandonos e transferências de cursos em universidades no Brasil continua crescendo. Cada vez mais jovens e imaturos, os estudantes ingressam em cursos que não conhecem direito, desistem e ficam “pulando de galho em galho” até descobrirem o que querem realmente. O processo acaba acontecendo na ordem inversa da natural, onde primeiro eles “praticam” o curso para depois conhecê-lo e saber se é isso ou não o que querem.
Teste vocacional Geralmente, os modelos de testes vocacionais visam medir interesses, aptidões, a personalidade e a inteligência do jovem. São avaliadas ainda as suas habilidades, o seu nível de percepção, o raciocínio e a memória. É considerado também o lado pessoal, o equilíbrio mental e emocional, as angústias, os conflitos e as rivalidades da pessoa. Isso por meio de avaliações estruturais, dinâmicas e outros métodos. Além disso, são feitas entrevistas com o jovem e os pais, onde é feita a análise das situações rotineiras da família, o histórico cultural e familiar e os relacionamentos sociais que os envolvem.
Todavia, uma boa orientação não pode se prender apenas a testes vocacionais, pois eles podem generalizar o comportamento dos indivíduos.
Serviço
Alguns sites que oferecem serviço de orientação vocacional on-line:
www.oportaldosestudantes.com.br/testevoc.asp
www.colegio24horas.com.br/ogloboestagio/teste.asp
www.carlosmartins.com.br/testevocacional.htm

ProUni

ProUni Desde 2005 o ProUni distribui milhares de bolsas em todo o país


ATENÇÃO: as inscrições para o 1º semestre de 2011 já se encerraram.
Não conseguiu uma vaga em uma Universidade pública? Está pensando em como fazer para pagar as altas mensalidades de uma faculdade particular? Então é hora de você conhecer melhor o ProUni, Programa Universidade Para Todos, um programa que distribui bolsas parciais ou integrais para estudantes de todo o Brasil. O foco do ProUni, segundo o governo, é a inclusão de qualidade, é transformar jovens estudantes em universitários e futuros profissionais diplomados.

Como funciona

Funciona da seguinte maneira: o candidato à bolsa se cadastra no site do ProUni e deve atender obrigatoriamente alguns pré-requisitos:

• Ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio – Enem - daquele ano (por exemplo, se você for concorrer a uma bolsa para o ano de 2011, deve ter participado do Enem em 2010);
• Ter conseguido uma pontuação mínima estabelecida pelo MEC (400 pontos na média das cinco provas do Enem 2010, sem obter zero na prova de redação);
• Ter renda familiar, por pessoa, de até três salários mínimos - exceto para alguns professores da rede pública (o salário mínimo de 2011 é de R$ 545)

O estudante também deve se encaixar em uma das condições abaixo:

• Ter cursado o ensino médio completo em escola pública;
• Ter cursado o ensino médio completo em escola privada com bolsa integral da instituição;
• Ter cursado todo o ensino médio parcialmente em escola da rede pública e parcialmente em instituição privada, na condição de bolsista integral da respectiva instituição;
• Ser pessoa com deficiência;
• Ser professor da rede pública de ensino básico, em efetivo exercício do magistério, integrando o quadro permanente da instituição e concorrendo a vagas em cursos de licenciatura, normal superior ou pedagogia. Neste caso, a renda familiar por pessoa não é considerada.

Daí, uma comissão do Ministério da Educação avalia as inscrições e determina quem tem direito às bolsas. É importante ressaltar que boas notas no Enem são fundamentais para a classificação no ProUni, e, conseqüentemente, na hora de distribuir as bolsas (quem fica melhor classificado terá prioridade na hora de escolher o curso e a faculdade onde quer estudar).

Inscrições

Na hora de fazer a inscrição, o candidato escolhe 5 opções de curso, em instituições diferentes ou não, e poderá escolher uma delas dependendo de sua classificação no ProUni.

No site do programa você pode obter mais informações como quando acontecem as inscrições e quando saem os resultados, e também a lista com o nome das instituições de ensino superior que participam do ProUni.

Site do ProUni: http://siteprouni.mec.gov.br/
Manual do Bolsista




EXTRAINDO DNA EM SALA DE AULA
1. Pique a cebola em pedaços de 0,5 cm.
2. Coloque quatro colheres de sopa de detergente e uma colher das de chá de sal em meio copo d'água, mexendo bem até dissolver
completamente.
3. Coloque a cebola picada no copo com a solução de detergente e sal, e leve ao banho-maria por cerca de 15 minutos.
4. Retire a mistura do banho-maria e resfrie-a rapidamente, colocando o copo no gelo durante cerca de 5 minutos.
5. Coe a mistura no coador de café, recolhendo o filtrado em um copo limpo.
6. Adicione ao filtrado cer ca de meio copo de álcool gelado, deixando-o escorrer vagarosamente pela borda. Formam-se duas fases, a
superior, alcoólica, e a inferior, aquosa.
7. Mergulhe o bastão no copo e, com movimentos cir culares, misture as fases. Formam-se fios esbranquiçados, que são aglomerados
de moléculas de DNA .
 MATERIAL
uma cebola grande (± 200 g)
faca de cozinha
dois copos tipo americano
banho-maria (± 60ºC)
água filtrada
sal de cozinha
detergente para louças
álcool etílico 95% gelado (a cerca
de –10ºC)
bastão fino de vidro ou madeira
coador de café, de papel
gelo moído
 INFORMAÇÕES TÉCNICAS
A extração de DNA de células eucariontes consta fundamentalmente de três etapas:
a) ruptura das células para liberação dos núcleos; b) desmembramento dos cromossomos
em seus componentes básicos, DNA e proteínas; c) separação do DNA dos demais
componentes celulares.
O bulbo de cebola foi usado por apresentar células grandes, que se rompem
facilmente quando a cebola é picada.
O detergente desintegra os núcleos e os cromossomos das células da cebola, liberando
o DNA. Um dos componentes do detergente, o dodecil (ou lauril) sulfato de sódio, desnatura
as proteínas, separando-as do DNA cromossômico.
O álcool gelado, em ambiente salino, faz com que as moléculas de DNA se
aglutinem, formando uma massa filamentosa e esbranquiçada.
Estresse no trabalho pode causar doença de voz em professor – Cerca de 60% dos professores da rede municipal da cidade de São Paulo têm distúrbios na voz — uma prevalência cinco vezes maior que no resto da população (1). De acordo com uma pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, o estresse no trabalho está fortemente associado com essas doenças e elas aumentam de 6 a 9,5 vezes as chances de o professor tornar-se incapaz para o trabalho.
A fonoaudióloga Susana Giannini avaliou 167 professores de ensino infantil, fundamental e médio com distúrbios de voz na cidade de São Paulo. Ela comparou-os com 105 colegas saudáveis, provenientes das mesmas escolas. Depois, Susana analisou os grupos com duas escalas:uma media o nível de estresse no trabalho e outra, a capacidade para o trabalho.
A pesquisadora encontrou uma associação estatística entre ter distúrbios vocais e estresse provocado pela organização do trabalho — indício de que o estresse pode ser uma causa dos distúrbios vocais. O estresse era medido pelos níveis de excesso de trabalho e falta de autonomia sobre o trabalho dos professores.
Cerca de 70% daqueles que tinham problemas vocais apresentaram excesso de trabalho, mostrando que a pressão para realizá-lo era média ou alta. Já nos professores saudáveis a porcentagem era de 54,4%.
Os professores com distúrbios de voz também tiveram menor autonomia para realizar seu trabalho. Cerca de 73% dos professores com distúrbio de voz mostraram ter pouca ou média autonomia sobre o trabalho. Já nos professores sem alteração vocal, a porcentagem é de 62,1%.
“A condição de estresse é de alto desgaste”, explica Susana. Nesse nível, o professor perde a possibilidade de criar e intervir no trabalho. Ele tem muitas tarefas para desempenhar e não consegue criar soluções para os problemas que aparecem.
Incapacidade
A pesquisa analisou os professores com um índice que media a capacidade de um trabalhador desempenhar suas tarefas em função do seu estado de saúde, capacidades físicas e mentais, e exigências do trabalho. O resultado foi que professores com distúrbio vocal tem chances de 6 a 9,5 vezes maiores de não ter condições de executar o trabalho antes de chegar à aposentadoria.
“Com o adoecimento da voz, o professor se aposenta mais cedo ou precisa sair da sala de aula, vai pra secretaria fazer trabalho burocrático. É como se o distúrbio interrompesse sua carreira precocemente. E isso reduz a satisfação com o trabalho”.
De acordo com a pesquisa, as novas políticas do governo para inclusão de alunos aumentaram a carga de trabalho dos professores, que passam a ter de ensinar alunos com níveis de conhecimento diferentes. As salas de aula também aumentaram de número e os estudantes passam mais tempo na escola. “No entanto, não aumenta a estrutura das escolas”, diz a pesquisadora. “O professor tem de dar conta sozinho de mais trabalho. Aumenta a pressão e o volume do trabalho, que vai invadindo o espaço familiar e social. O professor não dá conta de transmitir o conteúdo planejado”.
Na opinião de Suzana, o estudo pode ajudar a rever as regras da previdência social, que não reconhecem perda da voz do professor como doença relacionada ao trabalho. “A pesquisa levanta que o professor pode adoecer e ser incapacitado de trabalhar em sua função quando relaciona muito trabalho com pouca autonomia”, indica a fonoaudióloga. “Se for compreendido que isso é causado pelo trabalho, eu tenho que ter políticas públicas que reconheçam esse nexo causal. Se alguma lei compreender que o disturbio de voz está relacionado ao trabalho, o professor deixa de arcar sozinho com a doença que adquiriu”.
(1) Fonte: “Condições de produção vocal de professores da rede do município de São Paulo” – Revista dos Distúrbios da Comunicação.

Biologia é a ciência responsável pelo estudo da vida: desde o seu surgimento, composição e constituição; até mesmo à sua história evolutiva, aspectos comportamentais e relação com outros organismos e com o ambiente.
Assim, a Biologia tem como objeto de estudo os seres vivos. Tais organismos se diferenciam dos demais por serem constituídos, predominantemente, de moléculas de carbono, oxigênio, hidrogênio e nitrogênio; e por apresentarem constituição celular, necessidade de se nutrirem, capacidade reprodutiva e de reação a estímulos.
Os seres vivos são classificados em grupos menores, de acordo com suas características principais. No sistema de cinco reinos, um dos mais amplamente utilizados, eles são divididos assim:
• Reino Monera, que abriga indivíduos unicelulares, procarióticos. No sistema de oito reinos, seus representantes estão divididos no Reino Archaea e Reino Bacteria.
• Reino Protoctista, que reúne os protozoários e algas unicelulares. No sistema de oito reinos, seus representantes estão divididos nos Reinos Archezoa, Protista e Chromista.
• Reino Plantae, que abriga as plantas: organismos multicelulares fotossintetizantes.
• Reino Fungi, que abriga organismos unicelulares ou filamentosos, e heterotróficos.
• Reino Animalia, que abriga organismos multicelulares e heterotróficos.

Para estudar os diversos aspectos inerentes aos seres vivos, de forma mais detalhada, a Biologia é subdividida em algumas áreas, tais como:

• Biologia Celular (antiga citologia): estuda os aspectos relacionados às células, tais como sua estrutura e funcionamento;
• Histologia: estudo dos tecidos que constituem os seres vivos.
• Anatomia: estudo dos órgãos e sistemas dos seres vivos.
• Botânica: estudo das plantas.
• Zoologia: estudo dos animais.
• Micologia: estudo dos fungos.
• Microbiologia: estudo dos micro-organismos.
• Ecologia: estudo das relações dos seres vivos entre si e com seu ambiente.
• Evolução: estuda o surgimento de novas espécies.
• Genética: estudo dos aspectos inerentes à hereditariedade.